segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mendes, Valerie. A moda do século XX.Cap. 1-1900-1913: Ondulações e Exotismos

     A sociedade do início do século XX é marcada por homens e mulheres com grande poder aquisitivo e que se exibiam com todo luxo em seus  vestidos elegantes. Assistir e participar de cavalgadas em Londres; passear pela esplanada em Biarritz: ir a ópera e observar as pessoas no final da tarde, eram costumes da alta sociedade. A classe social e a posição das pessoas eram ditadas pelo vestuário. Fugir da moda era se expor ao ridículo social, por isso, todos seguiam os ditames da moda.
   Na época, Paris era considerada o grande centro da moda e qualquer roupa com uma etiqueta parisiense era muito valorizada. No início do século, as roupas ainda tinham características do séc. XIX, mas com o tempo, com a chegada do Ballet Russe, a estilista Paul Poiret introduziu no vestuário um ar de orientalidade, deixando as roupas com cores fortes e mais decorativas, podendo observar nas exposições o uso de lantejoulas, bordados, renda, flores artificiais, rufos e babados.
    Para as mulheres, vestir-se era algo que exigia ajuda de uma ou mais criadas. As roupas femininas era composta por uma chamise acompanhada de combinações em branco, e o espartilho, que dava um desconforto, mas levantava os seios, arredondava as ancas, dando a elas a famosa curva em "S", e era sinônimo de postura e charme para as mulheres. Além dessas vestes, acessórios como luvas, leques, chapéus enormes, guarda-chuva, sombrinha e bengalas davam um toque final.

    Os homens elegantes com suas cartolas e fraques sobre casacas e chapéus com conjunto de passeio menos formais, que se tornavam cada vez mais populares.

   As mulheres usavam maquiagens leves, pílulas, eletrolise, cremes, e chegavam a beliscar as bochechas e morder os lábios para mostrar uma pele saudável, tudo em busca da beleza.
   Os pobres não desfrutavam de tamanho prazer e luxo. Usavam roupas usadas e doadas por caridade.
   Os trabalhadores da costura e alfaiataria trabalhavam até 17 horas por dia e ganhavam pouco. Algumas mulheres adoeciam e transmitiam doenças através das roupas que fabricavam, pois as vezes dormiam em cima dos tecidos.
   A moda era divulgada pelas revistas, jornais e cartão-postal. Com o tempo o desenho foi substituído pela fotografia. Além disso, cartões de cigarro e uniformes de times de futebol e beisebol.
   Com a apresentação dos Ballets Russes em 1911, Poiret, com seus modelos, conseguiu distanciar a forma curvilínea e cheia, dada pelo espartilho, trazendo cores fortes e brilhantes e uma forma longa e esbelta.

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